Mudança no Algoritmo do YouTube prejudica vários criadores de conteúdo infantil

Com a finalidade de promover mais a imagem da plataforma em conteúdos Family-friendly (Amigável para à família) o YouTube fez alguns ajustes em seu algoritmo para beneficiar os criados de conteúdo e ao mesmo tempo afogar os youtubers considerados “pouco confiáveis” para a plataforma.

Não é de hoje que o YouTube está tentando melhorar a sua imagem em relação ao que está sendo publicado em sua plataforma, porém a maior dificuldade é em relação à conteúdos criados para o público infantil. Isso é um grande problema para a plataforma já que recentemente vários vídeos foram encontrados na plataforma kids que tinham menções ao suicídio além de outros conteúdos como Palhaços assustadores entre outros vídeos que estavam prejudicando o ganho de patrocinadores e gerando uma grande desconfiança dos pais com a plataforma.

Infelizmente essa mudança no algoritmo não foi divulgada aos criados de conteúdo e isso vem causando grandes dores de cabeça para a plataforma. Vários YouTuber veem alegando uma perda gigantesca no desempenho de canais para o publico infantil com quedas de até 98% no tráfego em um período de apenas 3 dias.

Vários canais foram contemplados com essa mudança, sendo recomendados pela plataforma e estão recebendo muito apoio e um grande crescimento, como é o caso do canal Woolly e Tig que teve um aumento de mais de 156% em suas visualizações em um período de 30 dias.

James Bridle, um escritor britânico, elaborou um artigo sobre esse gênero em 2017, detalhando como esses vídeos criam seu conteúdo e formato com base em “palavras-chave geradas por algoritmo”. Eles são feitos exclusivamente para ter um bom desempenho no YouTube, mas parece que o novo algoritmo está punindo esses produtores. Alguns dos canais do serviço que Bridle citou em seu texto tiveram queda de mais de 25% em suas visualizações no último mês.

O YouTube recomenda que crianças menores de 13 anos utilizem o YouTube Kids, que conta com mais filtros e oferece controles para os pais. O aplicativo, no entanto, ainda é pouco usado se comparado ao serviço principal.

A plataforma também possui diretrizes para quem pretende produzir vídeos para crianças. A orientação é evitar “conteúdo viciante que não tem substância ou valor de desenvolvimento para o espectador”. As sugestões, porém, não levam a qualquer punição, caso sejam seguidas.

Fontes: Canaltech, CNET, Bloomberg, tecnoblog

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