O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou estado de emergência nacional nessa última quinta-feira (4) após mais de 20 mil toneladas de óleo diesel vazarem de uma refinaria na região do Círculo Polar Ártico, atingindo um rio próximo. Segundo ele, a medida foi necessária para que o governo obtivesse mais recursos para os esforços de limpeza.
Ocorrido na última sexta-feira (29 de maio) na usina elétrica de Norilsk (Cidade Russa), no Ártico, um dos tanques de combustível acabou perdendo a pressão, fazendo com que as áreas próximas fossem contaminadas com pelo menos 20 mil toneladas de petróleo.
Cursos de água, rios e lagos a cerca de 20 quilômetros de distância da usina registraram concentrações de produtos petrolíferos extremamente superiores ao limite máximo permitido, segundo análise da agência reguladora do país para recursos naturais. Cerca de 15 mil toneladas de derivados do petróleo atingiram a rede fluvial da região. Outras seis mil toneladas foram absorvidas pelo solo e causaram focos de incêndios.
Segundo o Comitê de Investigação da Rússia, o ocorrido causou prejuízos ambientais significativos. O Comitê abriu três inquéritos a fim de esclarecer se houve “danos ao solo, violação de regras ambientais e poluição da água”.
Por meio de uma videoconferência, Putin criticou as autoridades por considerar lenta a resposta ao problema. De acordo com a imprensa europeia, o presidente russo se disse chocado ao descobrir o vazamento há dois dias, e questiona o governador krai de Krasnoyarsk diante da repercussão em redes sociais.
“O que temos que aprender pelas redes sociais sobre situações de emergência?” – Questiona Putin em tom de cobrança ao governador Alexander Uss. O diretor da usina, Vyacheslav Starostin, foi preso.
