5G No Brasil, mas só em 2022 segundo Marcos Pontes

As redes de 5G estão se tornando cada vez mais realidade em diversos países do mundo, porém aqui no Brasil essa realidade está bem distante, sabendo que o país ainda não possui nem uma rede estável de 4G quem diria a 5º geração.

Porém a estimativa do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, é que o 5G deve chegar ao Brasil somente 2022. A Ideia inicial era que o leilão para as frequências do 5G acontecessem perto de março deste ano, mas o ministro acredita que isso não aconteça na data prevista.

“Tenho que ter pelo menos uma estratégia de mitigação. Imagino que no fim de 2021 e começo de 2022 comece a ter implementação de um piloto”, disse Pontes em uma rodada de entrevistas concedidas para o UOL e Folha no último domingo (12).

“É preciso ter uma infraestrutura preparada. Há a conversa com as prefeituras para instalação de antenas, porque o 5G exige uma quantidade grande, e a regulamentação é das prefeituras. Queríamos fazer o leilão em março, mas tivemos que segurar”, explicou o ministro.

Entre os diversos pontos para o leilão das frequências, estão maior compromisso com cobertura, reserva de espectro para novos participantes no mercado, prazos de outorga, além de venda sequencial dos espectros. Ainda, há uma possível parcela das vendas que pode acabar gerando algumas interferências nos sinais de antenas parabólicas, que são utilizadas principalmente em regiões remotas.

“Existem quatro frequências básicas em torno das quais vai ser feito o leilão para as empresas poderem utilizar. A 3,5 GHz é a frequência básica de 5G em quase todo planeta, e aí a gente tem um probleminha. Existe a possibilidade de haver interferência com antenas parabólicas para televisão. Um estudo inicial não foi conclusivo, então pedi um novo”, conclui Pontes.

Prejuízos Bilionários

Segundo uma projeção feita pela Ericsson a previsão é de que o governo deixe de arrecadar R$ 25 bilhões. “Quando se demora a abraçar a solução tecnológica, menos terminais são vendidos, a receita cai e o impacto na cadeia de valor se transforma em impacto na arrecadação”, disse o diretor de Relações Governamentais da Ericsson, Tiago Machado, ao site TeleSíntese.

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