A Guerra comercial entre Estados Unidos e China deve entrar em uma fase mais calma, pois nessa última quarta-feira (15), os Estados Unidos e a China firmaram um acordo que pode ser um grande passo para o fim da “guerra comercial”.

O pacto, que foi anunciado em dezembro do ano passado, prevê algumas mudanças nas áreas de propriedade intelectual, transferência tecnológica, agricultura, serviços financeiros, câmbio e moeda estrangeira, o que pode aliviar muitas empresas norte-americanas, como a Apple por exemplo.

Segundo um documento divulgado pela Representação de Comércio dos Estados Unidos (USTR), o acordo exige que a China se comprometa a seguir uma série de medidas. E uma das mais importantes é não exigir que as empresas estadunidenses forneçam o uso de suas tecnologias proprietárias para o país, algo que por muito tempo é usado como forma de “troca” pelo governo Chines para permitir que as empresas americanas possam vender seus produtos na China.

O novo acordo ainda prevê que os chineses se comprometam a importar um adicional de cerca de US$ 200 bilhões em bens e serviços nos próximos dois anos além de aumentar as importações de produtos agrícolas do país para algo entre US$ 40 e US$ 50 bilhões, algo que pode impactar na economia do Brasil de uma forma negativa.

Caso a China cumpra a risca a recomendação de dobrar suas importações de produtos agrícolas dos EUA, o Brasil deverá perder cerca de US$ 10 bilhões em exportações de produtos do mesmo nicho para o país asiático, aponta um levantamento feito pelo Insper.

Mesmo sabendo que o processo de acordo ainda está em sua primeira fase, o presidente norte-americano já avisou que irá manter as tarifas de 25% na importação dos produtos vindos da China.

Segundo os representantes do governo, a medida é uma forma dos Estados Unidos se proteger caso os chineses não cumpram a parte deles, e essas tarifas serão retiradas assim que os dois países fecharem a segunda fase do acordo.

Até o momento, ainda não foi divulgado quando a próxima etapa será concluída, mas pode demorar ainda algum tempo, já que, além das questões comerciais, algumas questões adicionais de cibersegurança também serão discutidas nessa segunda fase.

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