O Minecraft é um dos jogos mais famosos e populares do mundo, com mais de 200 milhões de cópias vendidas o game produzido pela Mojang (subsidiária da Xbox Game Studios) foi criado pelo desenvolvedor sueco Markus “Notch” Persson e foi lançado inicialmente em maio de 2009 como um projeto em desenvolvimento, porém, seu lançamento completo ocorreu apenas em novembro de 2011.
Porém uma curiosidade que muitos não sabem é que existe um Brasileiro na equipe de desenvolvimento da versão Bedrock do jogo (versão mobile). Márcio Oliveira, é um desenvolvedor brasileiro de Minecraft, que entrou recentemente para trabalhar na edição Bedrock, onde melhorou a neve em pó dentro do jogo e resolveu bugs.
Em entrevista ao Jonas Agra do site Minecraft Interessante, Márcio comenta sobre a existência de outros desenvolvedores brasileiros, além de sua rotina dentro da Mojang.
Você disse que tinha brasileiros na Mojang, eu até vi alguns como a Mariana Salimena e o Alexandre Pretto, mas quantos tem ao todo? E tipo, se puder diz os nomes pra eu ficar atento, eu vou entender se não puder dizer.
Ah, prefiro não dar nomes sem o consentimento deles. Mas no momento são 6, até onde sei. Acho que todos tem conta no Twitter. Eu fui o segundo brasileiro a entrar, em 2017. O Alexandre foi o primeiro.
Inicialmente você entrou desenvolvendo na edição Java é isso? Tipo tem uma certa diferença entre programar na Java e na Bedrock? Digo, é mais fácil ou é mais difícil?
Eu entrei no Realms, depois trabalhei no Launcher. Fui pro Bedrock faz umas 3 semanas. No Realms tive algum contato com o code base do Java, mas não mexia muito com o jogo diretamente, no dia a dia.
Tipo quando você entrou no Realms, você teve algum problema com alguém do time ou foi tudo tranquilo?
Humm, que pergunta específica haha. Não tive problemas com isso, não. O ambiente em geral é bem profissional. Discordâncias e conflitos acontecem, mas faz parte do processo.
Entendo como é perfeitamente, Márcio há quanto tempo você conhece o Minecraft?
Eu havia jogado muito pouco Minecraft até entrar na Mojang, mas sempre achava legal acompanhar o que a comunidade fazia com o jogo. Video games fazem parte da minha vida desde que me lembro de alguma coisa, mas acabei só dando uma chance real pra Minecraft depois que comecei a trabalhar nele haha. Então digamos que eu jogo mesmo faz uns 3 anos.
Você tinha tweetado que foi um ano desafiador, um ano difícil, assim, você teve dificuldade no trabalho durante a pandemia?
A Mojang deu todo o suporte necessário para termos condições de trabalho confortáveis em casa. Enivaram computadores, cadeiras, dev kits e acessórios pra nossas casas e liberaram uma verba pra compra de equipamentos de escritório. Mas, mesmo assim, se perde um pouco em comunicação e organização. E existem questões pessoais também. Algumas pessoas são mais afetadas que outras, com a pandemia. Não só no trabalho mas na vida pessoal. Mas em geral estou bem satisfeito com tudo que conseguimos fazer ao longo do ano, na Mojang. Conseguimos alcançar os maiores objetivos do ano.
Entre trabalhar no Realms, no Launcher ou na edição Bedrock, qual a área que você se saiu melhor, tipo, se destacou e conseguiu pegar a manha com facilidade?
Sobre diferenças entre trabalhar no código do Java e do Bedrock, que você perguntou antes: arquiteturalmente, são bases de código com várias similaridades. Muitas estruturas de dados são bem parecidas. Principalmente em relação a funcionalidades mais básicas. As diferenças ficam mais nas tecnologias de cada projeto, como a linguagem de programação, por exemplo, e nos canais de distribuição de cada edição do jogo, que acaba influenciando em cadência de lançamento de versões novas e em como o planejamento é feito.
Você pode conferir a entrevista completa no site Minecraft Interessante, a Tecnogaming agradece ao Jonas Agra por ceder sua entrevista, Jonas está a frente de uma comunidade online do Minecraft no Facebook com mais de 16 Mil seguidores, ele também é criador de conteúdo digital e editor da wiki oficial do jogo.
Fonte/Via: Minecraft Interessante
